Jornal da PUC-SP

A medicina, assim como quase todas as outras áreas do conhecimento, depara-se com a nova realidade imposta pelo desenvolvimento das tecnologias que utilizam Inteligência Artificial (IA). "A tecnologia sempre foi aliada da medicina e, pelo menos por enquanto, não vemos razões para encarar as IAs como negativas, parcial ou totalmente", enfatiza o diretor da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) da PUC-SP, professor-doutor Godofredo Campos Borges.

Segundo ele, há aspectos que ainda são indissociáveis do médico, como a propedêutica, por exemplo, que é o conjunto de técnicas e procedimentos pelo qual um paciente é examinado clinicamente. "A entrevista com os pacientes, a inspeção, percussão, palpação e ausculta necessitam do contato e da atenta observação do médico", explica.

Uma das contribuições das IAs na medicina é a possibilidade de examinar o Big Data da área em segundos, identificando padrões, tendências e, principalmente, evidências. "Adicionalmente, a inteligência artificial assume papel fundamental na interpretação de imagens médicas, como radiografias e ressonâncias magnéticas, incrementando a precisão e prontidão diagnóstica", identifica Godofredo.

As IAs disponíveis já auxiliam para que os atendimentos e diagnósticos sejam concluídos com mais agilidade, assim como na redução de alguns custos específicos. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que as novas tecnologias contribuirão para melhorar a prestação de serviços de saúde em todo o mundo, fortalecer as pesquisas em saúde e promover o desenvolvimento de novos medicamentos. A entidade também divulgou diretrizes relacionadas à ética para o uso das IAs pelos profissionais da saúde.
 

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